segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Nossos caminhos acabaram se encontrando inesperadamente. Entre conversas sobre o mundo e sobre nós, me vi assim sem defesas, vulnerável. Quando você chegou estava me preparando para fechar a porta mais uma vez. A casa está limpa, sem resquícios de um outro amor, não tem porque não deixar alguém entrar, mas por enquanto me pareceu melhor assim, pois há outras coisas que pus como prioridade. Todavia, como minha casa tem varanda, convidei-o para sentar. Os momentos foram tão agradáveis que até te ofereci um café. Do lado de dentro, enquanto a água quente vai se misturando com o café e o açúcar, penso que talvez eu possa me permitir lhe deixar entrar, ao mesmo tempo em que me questiono se você irá gostar do que vai encontrar. A pior das dúvidas, porém, é se depois disto você irá trilhar um caminho junto comigo ou se seguiremos para lados opostos. Enfim, parece que as defesas ainda estão bem próximas, escondidas, mas estão, observando se elas serão necessárias ou não.

- Emília Gularte

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